O melasma ou cloasma, é uma doença caracterizada pelo surgimento de manchas acastanhadas em áreas foto-expostas, predominantemente no rosto. É mais frequente em mulheres do que em homens, estando associado à predisposição genética, exposição solar ao longo da vida e fatores hormonais, como uso de anticoncepcionais e gravidez.
Tipos de melasma
Pode ser classificado em três subtipos: o epidérmico, quando há depósito exacerbado de pigmento na camada mais superficial da pele, a epiderme; o dérmico, caracterizado pelo depósito de melanina em uma camada mais profunda da pele, a derme, e, por fim, o misto, presente pelo excesso de pigmentação em várias profundidades do rosto.
Em todos os tipos de melasma, o médico dermatologista precisa fazer uma avaliação individualizada para diagnosticar quais as complexidades de cada caso, o tipo de pele, e indicar o tratamento mais adequado para aquele paciente.
Quais são os tratamentos para melasma?
O uso regular do protetor solar é a principal medida a ser adotada durante o tratamento das manchas. Além disso, é mais indicado o uso de protetores que protegem também contra a luz visível, como os que contém pigmento cor de base.
As substâncias antioxidantes e os fotoprotetores orais, como o picnogenol, polypodium leucatomos e a luteína auxiliam no tratamento, potencializando a ação dos protetores solares. O uso de medicamentos tópicos e cosméticos despigmentantes podem melhorar o aspecto da mancha, que costuma recidivar quando o paciente volta a se expor à luz.
Também é recomendável associar o uso de cremes dermatológicos. Os cremes clareadores a base de hidroquinona e ácido retinóico são mais eficientes, mas não devem ser usados continuamente sem acompanhamento médico, sendo medicamentos de prescrição. Há outras substâncias clareadoras que são mais usadas na fase de manutenção, como o Ácido Kójico, Ácido Glicólico, o Arbutin, o Ácido Azelaico e o Ácido Dióico, mas o efeito de clareamento desses produtos costuma ser mais lento.
Existem alguns procedimentos realizados em consultório que podem ajudar a amenizar as manchas da pele.
Os peelings superficiais podem contribuir no clareamento do melasma.
Alguns tipos de laser, como o Q-Switched da plataforma Zye podem ajudar, pois atuam “quebrando” o pigmento no interior da pele e também reduzindo os pseudópodes dos melanócitos, que são “bracinhos” que injetam a melanina no interior dos queratinócitos (as células da pele). Dessa forma, o Q-Switched pode prevenir a rápida recidiva do melasma após o clareamento.
O microagulhamento também tem sido um valioso recurso no tratamento do melasma, proporcionando resultados interessantes, inclusive em melasmas resistentes aos tratamentos convencionais.
Existe tratamento definitivo para melasma?
Atualmente, ainda não há tratamento definitivo para o melasma. No entanto, adotando uma rotina diária de cuidados com a pele, a maioria dos pacientes pode ter melhora significativa e controle adequado das manchas.
Ainda que existam bons tratamentos no mercado para melasma, alguns pacientes podem não apresentar melhora significativa.
Quais os principais cuidados que devo ter com a pele?
O uso de protetores solares é indicado para todas as pessoas, existindo produtos específicos para cada tipo de pele. Nos pacientes que possuem melasma, este cuidado precisa ser redobrado. Sendo assim, a aplicação deve acontecer mais de uma vez ao dia, pelo menos a cada 4 horas, para evitar o estímulo à produção de pigmento.
Não faça tratamento das suas manchas sem acompanhamento médico, pois se um creme irritar a sua pele, pode ocorrer agravamento do melasma.
Além disso, o uso continuado de hidroquinona pode causar manchas brancas irreversíveis no interior das manchas escuras, tornando a tonalidade da pele ainda mais irregular.
Alguns produtos clareadores contém corticoide, que pode causar afinamento da pele e surgimento de vasinhos dilatados, se usados por períodos prolongados. Dessa forma, o dermatologista é o profissional mais preparado para cuidar da sua pele de forma segura e assertiva.
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CRM 13.783-DF
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